Em artigo publicado no periódico Journal of Advanced Nursing da Universidade de Ghent, na Bélgica, os pesquisadores descobriram que 31% dos comprimidos que foram divididos tinham uma dosagem diferente da esperada. Isso significa que partir um comprimido de 150mg em duas partes não é o mesmo que ter em mãos dois pedaços com 75mg. Até mesmo as pílulas cortadas por aparelhos específicos apresentam grande margem de erro – em 13% dos casos, a dosagem era diferente.
Por estes motivos, a divisão de comprimidos altera a forma original de qualquer apresentação farmacêutica e portanto é uma prática altamente condenável. Em se tratando de drágeas, ainda situação torna-se pior, pois o revestimento das mesmas é extremamente importante na proteção do medicamento ou da mucosa gástrica e divisão retira esta proteção.
Mesmo os comprimidos que vem com o sulco central, indicando o local onde podem ser partidos, pois não há garantia de que as partes serão idênticas, que não haverá perda e que, portanto, o medicamento terá a mesma eficiência terapêutica.
Recomendação
O farmacêutico é o profissional indicado para esclarecer qualquer dúvida sobre o uso de medicamentos e adequação das doses. Há opções de medicamentos em diferentes apresentações farmacêuticas como xaropes, suspensão, gotas e supositórios e, o farmacêutico pode entrar em contato com seu médico para sugerir alternativas que garantam a eficácia do tratamento. O médico também pode prescrever os medicamentos para serem manipulados em farmácias magistrais, adequando assim o tratamento às necessidades específicas de cada paciente quanto à dosagem.
Fonte: Assessoria de Comunicação CRF-SP
Publicado Por: José Vilmore
Fonte: Site 180 Graus