Total de mulheres que fazem mastectomia dupla triplica em 10 anos

O número de mulheres que optaram pela mastectomia dupla como forma de combater o câncer de mama se tornou três vezes maior em dez anos, de acordo com pesquisadores americanos. Entretanto, ainda não se pode afirmar que a escalada dessa cirurgia elevou os índices de sobrevivência.

Há três tipos de cirurgia para tratar esse tumor. Na lumpectomia ou na mastectomia parcial, as mamas são preservadas. Na mastectomia unilateral, é removida apenas a mama onde foi identificado o problema. Já na dupla mastectomia, ambas as mamas são retiradas.

Em alguns casos, como foi com a atriz Angelina Jolie, as mulheres decidem fazer a cirurgia mesmo sem um diagnóstico de câncer, motivadas pela identificação de uma maior probabilidade de desenvolver a doença no futuro. Em 2013, Jolie optou pela remoção de ambas as mamas depois que seus médicos avaliaram que ela tinha 87% de chances de apresentar o câncer no futuro.

No estudo, os pesquisadores recorrem ao Instituto Nacional do Cãncer, nos EUA, para estudar os dados de 400 mil mulheres que decidiram se submeter a pelo menos um dos três tipos de cirurgia de 2002 a 2012. Descobriram que a porcentagem de mulheres que optaram pela dupla mastectomia saltou de 2,9% para 12,7%. No mesmo período, as mastectomias uniltareais caíram de 35,8% para 28,9%. A cirurgia que preserva as mamas se manteve nos 59%.

Os cientistas também analisaram os índices de sobrevivência entre mulheres que fizeram as operações, analisando dados de 200 mil mulheres que se submeteram a uma cirurgia antes de 2007. Eles estimam que, após dez anos, as taxas são parecidas: 91,8% entre as que conservaram as mamas, 83,8% entre as que fizeram mastectomia unilateral e 90,3% para mastectomia dupla.

 

– Fonte: Portal O Globo