Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o controle da pressão arterial reduz em 42% o risco de derrame e em 15% o risco de infarto.
O problema atinge mais as mulheres (26,9%) do que os homens (21,3%). A idade também influencia: 59,2% das pessoas com mais de 65 anos de idade se declaram hipertensos, ao contrário dos mais jovens, em que a doença se manifesta em apenas 8,8% em indivíduos entre 25 e 34 anos e 3,8% na faixa etária entre 18 a 24 anos.
A elevação da pressão arterial acontece por vários motivos, entre eles histórico familiar, má alimentação, maus hábitos como tabagismo e excesso de ingestão de álcool, além de algumas particularidades como a Síndrome da Apneia do Sono (despertares noturnos, ronco e sonolência durante o dia). “Mudar hábitos e adotar medidas preventivas melhoram a qualidade de vida dos pacientes com hipertensão e aumentam a expectativa de vida”, afirma o médico Pedro Oliveira. Acompanhe o que diz o cardiologista Otavio Gebara, diretor clínico do Hospital Santa Paula, na capital, sobre a hipertensão:
Sinais e sintomas – A hipertensão pode ser uma doença silenciosa em uns e, em outros, apresentar sintomas como dor de cabeça, vômito, falta de ar, dificuldade para respirar, agitação e visão borrada.
Importância da alimentação e atividade física – Recomenda-se uma alimentação com baixo teor de gordura, carboidratos e sal, prática regular de atividades físicas e manutenção do peso corpóreo compatível com IMC abaixo de 25. Alimentos como aveia, amêndoa, noz, azeite, ervas, alho e cereais integrais são ricos em nutrientes que ajudam no controle do colesterol e melhoram a saúde das artérias, facilitando o controle da pressão elevada. A atividade física indicada é a aeróbica.
O tratamento é para a vida toda – A pressão alta não tem cura. Uma vez diagnosticada, o tratamento será para a vida toda e engloba medidas gerais de reeducação no estilo de vida, como alimentação, prática de exercícios físicos e medicamentos. Se houver uma redução significativa de peso e quantidade de sal e gorduras na dieta, os medicamentos podem ter sua dose reduzida ou, em alguns casos, até sua suspensão completa.
Histórico familiar – Apesar de ser mais propensa, não é porque a pessoa tem histórico familiar que ela será hipertensa. O recomendado é que a pessoa tome as precauções logo cedo para evitar a doença.
Influência da menopausa – As mulheres sofrem mais de hipertensão após a idade da menopausa, devido à perda da produção do estrogênio e também pelo fato de que a pressão se elevar com a idade. E há ainda o fato de as mulheres viverem mais do que os homens.
Fonte: Site Hospital Santa Paula