Mel: benefícios, riscos para a dieta e dicas para consumir no lugar do açúcar

mel de abelha é um dos alimentos mais presentes na alimentação dos brasileiros, embora também seja usado com frequência para fins distintos. Por exemplo, ao passo em que muitos o utilizam como adoçante natural para substituir o açúcar refinado, há quem recorra a ele quando está com dor de garganta.

Mas o que faz o mel ser tão popular? Além do sabor doce, é claro, seus inúmeros benefícios para a saúde chamam atenção. Saiba mais:

 

Propriedades do mel

 

O mel é um produto natural obtido a partir do néctar das flores, coletado pelas abelhas. Ele é extremamente rico em diversos minerais e nutrientes, com destaque para o potássio e os carboidratos.

Seus benefícios variam de acordo o tipo, que é definido pela flor da qual a abelha coletou o néctar. O mel silvestre é a variação mais popular no Brasil, que tem forte ação antimicrobiana e antioxidante.

De acordo com a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos / Taco – versão 4, da UNICAMP, cada 100 g possui:

 

  • Calorias: 309 kcal
  • Carboidratos: 84 g
  • Cálcio: 10 mg
  • Magnésio: 6 mg
  • Manganês: 0,38 mg
  • Fósforo: 4 mg
  • Ferro: 0,3 mg
  • Sódio: 6 mg
  • Potássio: 99 mg
  • Zinco: 0,2 mg
  • Tiamina: 0,11 mg
  • Vitamina C: 0,7 mg

 

 

Conheça abaixo as principais vantagens nutritivas do mel:

 

Para doenças respiratórias

 Graças ao seu baixo pH, o mel é muito bom para dor de garganta, pois ajuda a impedir o crescimento de micro-organismos que provocam dor e inflamação, de modo a dar até mesmo alívio instantâneo para o incômodo.

 

Diversas bactérias causadoras de doenças respiratórias são sensíveis a essa ação antibiótica, por isso ele pode ser usado até mesmo como auxiliar no tratamento dos sintomas da gripe e da sinusite. Além disso, o alimento também ajuda a frear a ação das bactérias que levam à tuberculose e à pneumonia.

 

Para o intestino

 mel é bom para a regulação do intestino, pois ajuda na manutenção da microbiota e previne, assim, episódios de diarreia e de constipação.

 

Para a pele

 Os antioxidantes presentes no mel também são ótimos para a saúde da pele, evitando o envelhecimento precoce e dando à cutis um aspecto mais saudável. Não é à toa que ele é tão utilizado na produção de cosméticos faciais.

Da mesma forma, também ajuda no processo de cicatrização e até na recuperação de queimaduras e outras feridas do gênero.

 

Combate câncer, Alzheimer e problemas cardíacos

 

Além da melhora estética, a ação antioxidante também faz com que ele ajude a prevenir uma série de doenças, como câncer, Alzheimer e problemas cardiovasculares.

Ao que tudo indica, algumas bactérias causadoras da infecção urinária também podem ser sensíveis à composição do mel. Se ingerido com certa regularidade, este produto natural pode ajudar a reduzir os episódios da doença – que é mais comum em mulheres.

Para refluxo

 Uma pesquisa da Universiti Malaysia Kelantan, na Malásia, descobriu que o mel pode amenizar quadros de refluxo, doença que pode gerar inflamação e azia.

Para o sono

Por fim, o mel faz bem para quem quer ter uma noite melhor. Suas propriedades nutritivas, em especial o triptofano, estimulam a produção de serotonina – hormônio responsável pela sensação de bem-estar, além de reduzir os níveis de estresse, o que facilita o relaxamento para pegar no sono.

Mel x Açúcar

Embora tenha índice glicêmico semelhante ao açúcar refinado, o mel é um bom substituto porque fornece nutrientes variados e não eleva o risco de hipertensão.

No entanto, como é um adoçante calórico, é importante ficar atento à quantidade consumida. Assim, vale buscar o auxílio de um nutrólogo e/ou nutricionista.

Malefícios e riscos

 Apesar de não ter muitas contraindicações, é preciso tomar alguns cuidados antes de consumi-lo, principalmente em relação a sua procedência.

Botulismo

 É recomendável que crianças com menos de um ano não consumam mel porque ele pode conter a bactéria causadora do botulismo. Esse é um tipo raro, porém grave, de intoxicação alimentar que pode resultar em paralisia e dificuldade de comunicação.

Após esta idade, o consumo é liberado pois a microbiota intestinal já está completamente formada e, portanto, não vulnerável à bactéria.

Pode engordar

 Além disso, há quem pense que, por ser um substituto natural e saudável do açúcar, o mel pode ser consumido livremente. Acontece que, por ser muito calórico, comê-lo em excesso pode não ser o melhor caminho para quem quer  perder peso.

Diabetes

 Pessoas que sofrem com diabetes devem ter atenção redobrada, pois o consumo exacerbado também pode agravar a resistência à insulina.

Como consumir o mel?

O mel pode ser consumido sozinho ou como acompanhamento de frutas, por exemplo. Ele também pode servir de cobertura para o cereal ou de ingrediente para colocar junto ao leite.

Uma boa dica é consumir frutas ricas em potássio, como a banana, com um pouco de mel em cima. Essa receita é ótima, principalmente como pré-treino para dar a energia que o corpo precisa e evitar cãibras musculares.

Como consumir na dieta?

 

Algumas dicas práticas para incluir o mel na dieta incluem:

 

  • Use para adoçar molhos de salada
  • Adoce café, leite ou chá
  • Misture em iogurte, cereais ou farinha de aveia para um sabor doce mais natural

 

Por que o mel dura por tanto tempo?

Se armazenado em recipientes bem fechados e mantido longe da luz, do calor e da umidade, pode durar por muitos anos. Isso ocorre porque a alta concentração de açúcar e o pH baixo criam um ambiente bem pouco propício para a reprodução de micro-organismos.

 

Fonte: Ativo Saúde. 25.07.2018