Médicos aprovam WhatsApp para falar com paciente

 

SÃO PAULO – Os médicos já aderiram às novas tecnologias para falar com os pacientes e aprovam essas ferramentas, mas querem manter o atendimento presencial. Foi o que apontou levantamento feito pela Associação Paulista de Medicina (APM) que mostrou que 85% dos profissionais são favoráveis à adoção de ferramentas de mensagem instantânea, como o WhatsApp. Além disso, 84,6% usam ferramentas de TI para otimizar o tempo de consulta ou observar os pacientes, mas 57,9% são contrários às consultas a distância.

“Há um grande desafio dessas novas tecnologias para que não afastem o médico do paciente e para que o médico não fique preso ao computador. Também precisa de uma regulamentação para o uso. Os médicos usam muito o WhatsApp para se relacionar com o paciente, mas o que é falado não fica registrado do prontuário do paciente. Isso se perde”, explica Antonio Carlos Endrigo, diretor de TI da APM.

Neurologista e presidente do conselho curador do Global Summit Telemedicine & Digital Health (evento que vai discutir o tema em abril de 2019), Jefferson Fernandes diz que a telemedicina já é uma realidade. “É necessário ter esse avanço, tanto o sistema público como o suplementar, porque é algo que não tem volta. Não podemos deixar de oferecer para as pessoas o que a Medicina tem de benefício para elas.”

Regulamentação

Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamentou, em 2002, uma resolução que classificou a telemedicina como exercício da profissão de médico.

Fonte: Paula Felix, O Estado de S.Paulo. 05.12.2018