CUIDADO REDOBRADO COM O USO DE REPELENTES

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) alerta que é preciso tomar alguns cuidados, assim como conhecer os produtos disponíveis, sua eficácia e segurança de acordo com a idade da criança.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda o uso de repelentes em crianças de acordo com a fórmula do produto (sintéticos ou naturais). Ao escolher o produto indicado para as crianças, é importante sempre consultar um médico dermatologista.

O que a OMS indica

Os princípios ativos dos repelentes indicados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) são: Icaridina (KB3023): uso permitido no Brasil em crianças a partir de 2 anos de idade em concentração de 25% cujo período de proteção chega a 8 a 10 horas.

DEET: em concentração de até 10% pode ser utilizado em maiores de 2 anos, sendo que não deve ser aplicado mais que 3 vezes ao dia em crianças de 2 a 12 anos. E IR 3535 30%: permitido pela Anvisa para crianças acima de 6 meses. Seu período de proteção conferido é de 4 horas.

Existem ainda os repelentes naturais, no entanto, como são altamente voláteis e seu efeito costuma ser de curta duração, não garantem proteção adequada ao Aedes aegypti, devendo ser evitados.

Bebês com até seis meses só devem usar mosquiteiros e roupas protetoras. Não é recomendada a utilização de nenhuma substância química na pele ou repelentes elétricos que contenham produtos químicos no ambiente onde eles se encontram. Também é indicado instalar telas em todas as janelas e portas da residência, assim como deixar o ambiente refrigerado já que os mosquitos gostam de locais com maior calor e umidade.

Em geral, adverte a SBD, o uso de repelentes deve ser evitado nas crianças menores de dois anos. Dos seis meses aos dois anos devem ser usados em situações especiais, com orientação e acompanhamento médico.

Repelentes

Procure vestir roupas brancas nas crianças, pois roupas coloridas atraem os insetos, assim como perfumes;

Os dispositivos ultrassônicos e os elétricos luminosos com luz azul são ineficazes;

Não se deve utilizar produtos combinados com filtros solares, pois eles costumam ser reaplicados com uma frequência maior. Em crianças, os repelentes não devem ser usados mais do que três vezes ao dia;

Não esquecer: o suor atrai os insetos;

Não durma com repelente no corpo, lave-se antes;

Leia todo o rótulo antes de aplicar o produto e conserve-o para consulta;

Mantenha os repelentes fora do alcance de crianças e não permita sua autoaplicação;

Evite o uso próximo a mucosas (boca, nariz, olhos, genitais) ou em pele irritada ou ferida. Para uso na face, primeiro aplique o produto nas mãos e então espalhe no rosto com cuidado;

Evite aplicação nas mãos das crianças e por baixo das roupas. Sempre lave as mãos após aplicar o produto;

Use quantidade suficiente para recobrir a pele exposta e evite reaplicações frequentes;

Se suspeitar de qualquer reação adversa ou intoxicação, lave a área exposta e entre em contato com o serviço de intoxicação. Se necessário, procure serviço médico e leve consigo a embalagem do repelente;

Deve-se procurar produtos aprovados pelo Ministério da Saúde e/ou Anvisa, pois garantem que o produto seja eficaz e seguro;

Aplique o pó nos ralos e locais onde se acumula água. É importante manter o quintal da casa e as calhas limpas, sem água empoçada. Recolher o lixo e fechá-lo no saco plástico e não jogar lixo no chão são medidas simples e práticas para salvar vidas.

 

 Fonte: DIARIO DO NORDESTE