Começa a campanha de vacinação contra o HPV; tire suas dúvidas

SÃO PAULO – As meninas de 9 a 11 anos vacinadas em março contra o HPV já podem procurar um posto de saúde para tomar a segunda dose da vacina, que protege contra o câncer de colo de útero, terceiro tumor que mais mata mulheres no Brasil.

O Ministério da Saúde realiza mobilização nacional para incentivar a imunização, que vem tendo baixa adesão. Somente metade do público-alvo tomou a primeira dose neste ano, de acordo com o governo federal.

Sociedades médicas divulgaram no dia 1º de setembro carta aberta à população ressaltando a importância da vacina e reafirmando que ela é segura. Veja abaixo respostas para as principais dúvidas sobre a vacinação:

  1. Quem pode tomar a vacina contra o HPV pelo SUS?

Todas as meninas de 9 a 13 anos e garotas e mulheres de 9 a 26 anos com o vírus HIV. Como no ano passado a vacinação já contemplou a faixa etária dos 11 aos 13 anos, precisam se vacinar em 2015 garotas entre 9 e 11 anos.

  1. Com que intervalo devem ser aplicadas as três doses da vacina?

A segunda dose deve ser dada seis meses após a primeira e a terceira, cinco anos depois da primeira.

  1. Não tomei a primeira dose em março. Posso tomar agora?

Sim. A vacina fica disponível nos postos de saúde durante todo o ano. As adolescentes que não tomaram nem a primeira dose da vacina podem ser imunizadas agora e seguir o esquema de intervalo das doses preconizado pelo Ministério da Saúde.

  1. Por que é importante tomar a vacina?

A vacina protege contra os tipos mais comuns do HPV, causador do câncer de colo de útero. A doença mata cerca de 5 mil mulheres no Brasil todo ano. Além disso, o vírus causa a maior parte dos casos de câncer anal, de vagina, de orofaringe e de vulva. A vacina protege ainda contra as verrugas genitais, também causadas pelo HPV.

  1. A vacina é segura?

Sim. O produto já é utilizado em mais de 130 países, as reações observadas são pouco frequentes e os quadros relatados costumam ser leves, como dor, febre, vermelhidão e edema próximos ao local da injeção. No Brasil, das 10 milhões de doses aplicadas até agora, foram notificados 71 eventos adversos graves. A apuração dos órgãos regulatórios indicou que 40 não tiveram relação com a vacina e os demais foram, em sua maioria, reações de ansiedade ou alergia.

  1. Os casos de desmaios e paralisia nas pernas observados em meninas vacinadas em Bertioga no ano passado tiveram relação com a vacina?

Após investigação, a Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo concluiu que as adolescentes tiveram uma reação psicológica, chamada de estresse pós-vacinação. Todas passam bem.

  1. Mesmo as pessoas que sempre utilizam camisinha precisam se vacinar?

Sim, porque o preservativo não garante proteção total contra o vírus, que pode ser transmitido por meio do contato de pele com pele de regiões genitais descobertas.

– Fonte: Portal Estadão